A aceleração digital coloca os CIOs na linha de frente

Há algumas semanas, tivemos o prazer de nos reunir pessoalmente com os CIOs das empresas estatais na Conferência Anual de 2021 da National Association of State CIOs (NASCIO). Esse foi o primeiro encontro presencial do ano com nossos colegas desde longa data. Foi um encontro bem movimentado e também uma grande oportunidade para fazer contatos, compartilhar as melhores práticas, discutir estratégias para 2022 etc. Nossas interações e discussões durante o evento confirmaram os temas e as conclusões do relatório da NASCIO State of the CIO Report, lançado por ocasião do evento. 

As principais conclusões do relatório confirmaram que não há como voltar aos modelos de trabalho anteriores à pandemia, e que a visibilidade das funções do CIO foi elevada a um novo nível de apreciação agora que as empresas estão se tornando mais dependentes da digitalização. Aqui estão algumas de nossas ideias e pensamentos sobre o que os CIOs das empresas estatais vão enfrentar no futuro.

O cidadão é o destino 

Tradicionalmente, muitos CIOs viam as agências estatais como seus clientes. Hoje esse foco passou para o cidadão, que agora é a prioridade dos escritórios do governo estadual. Soluções e serviços precisam ser projetados para que os cidadãos possam, com a maior facilidade e conveniência possível, atender suas necessidades através do acesso on-line às agências estatais a partir de qualquer dispositivo. A capacidade de proporcionar esse acesso não só leva a uma melhor experiência do cidadão, mas pode aliviar a pressão sobre o pessoal e as operações dessas agências. Quando as simples transações de rotina são automatizadas, resta mais tempo para dedicar ao trabalho e solucionar questões estratégicas, mais complexas e significativas. 

Embora fosse ideal que no futuro o estado disponibilizasse autosserviço para os cidadãos, simplificando o atendimento por telefone ou por computador, ainda existem barreiras para atender a essas demandas. O compartilhamento de dados entre as agências do governo continua a ser um problema, não apenas por causa de sistemas legados ou isolados em silos, mas também por causa de questões relativas a políticas e privacidade. O ideal seria que o estado pudesse criar um balcão único para todas as renovações: um só portal para renovar carteira de motorista, licença de pesca, pagar impostos etc. – tudo de uma só vez – mas acontece que o estado não foi criado para atuar dessa forma, como uma entidade única. Entretanto, com esse foco compartilhado no serviço ao cidadão ou uma abordagem do estado como um todo, podemos ter mudanças que no futuro permitam a oferta desse tipo de serviços colaborativos. 

Fazer uma reforma ou comprar um novo? 

Para atender às expectativas dos cidadãos, o estado está cada vez mais utilizando soluções de codificação simplificada para disponibilizar aplicativos com maior rapidez. Embora a codificação simplificada tenha sido citada como a tecnologia mais relevante, ultrapassando a IA na pesquisa da NASCIO, é importante lembrar que a codificação simplificada está simplesmente substituindo um sistema por outro. 

Antes de modernizar um sistema ou processo, é importante fazer uma pausa e observar o fluxo do processo e como ele está funcionando, tanto do ponto de vista do usuário/cidadão quanto dos funcionários públicos que os atendem. Ainda precisamos desse sistema? Ou há uma maneira melhor de realizar esse processo, com todos os ativos digitais que a organização pode ter à sua disposição hoje? A pandemia colocou rapidamente em prática planos táticos para manter as coisas funcionando, e forçou a adoção de planos digitais. Chegou a hora de fazer uma retrospectiva e passar para o pensamento estratégico. Agora que temos novas ferramentas e novas formas de trabalho, quais são as melhores práticas? Existe uma maneira melhor de prestar esses serviços? 

Os funcionários estão se unindo a você ou se afastando de você?

A grande "onda de demissões" não está acontecendo apenas no setor privado. Ela está atingindo os governos estaduais e municipais com a mesma força. Assim como o setor privado, as agências estaduais e municipais precisam procurar novas maneiras de atrair e reter talentos. Soluções flexíveis, como o trabalho remoto feito de casa para funções que comprovadamente mantiveram sua produtividade, devem ser adotadas de forma definitiva para atender às novas expectativas da força de trabalho. O trabalho remoto também pode aumentar a base de recrutamento, permitindo que as agências estatais localizadas em áreas metropolitanas façam o recrutamento em áreas rurais – assim, o estado pode oferecer salários mais competitivos.

Como criar cintos de segurança digitais 

Entretanto, a oferta de opções de trabalho remoto traz junto consigo maiores desafios de segurança à medida que aumenta o número de pessoas que acessam sua rede de pontos externos. A Zscaler está bem posicionada para enfrentar os desafios relacionados à garantia da segurança de uma força de trabalho remota. A Zero Trust foi muito discutida na NASCIO, porque os estados estão procurando maneiras econômicas de disponibilizar o acesso a um conjunto cada vez maior de aplicativos digitais para uma força de trabalho distribuída. A transferência da segurança do data center para a nuvem reduz as despesas relacionadas à manutenção dos ativos físicos de segurança. Ela também facilita a manutenção e a distribuição aos usuários, conforme necessário. A segurança tem que ser fácil de usar para que as pessoas possam manter a conformidade sem prejudicar suas atividades diárias.

Além da segurança, a zero trust pode ajudar as agências do governo a modernizar a forma pela qual sua TI é administrada. Ao implementá-la, há um enorme elemento de gestão de ativos e identificação de tecnologias legadas que é incrivelmente valioso para qualquer organização. 

Limites de velocidade de contratação rigorosamente aplicados

As regras e processos de contratação foram relaxados durante a resposta ao COVID para ajudar as agências a obter as tecnologias e serviços necessários para que elas se adaptassem rapidamente ao trabalho remoto e disponibilizassem on-line os serviços que antes requeriam a presença do cidadão. De acordo com o relatório da NASCIO, os CIOs acreditam que essas mudanças nos padrões de compra não deveriam permanecer em vigor após a pandemia, e provavelmente isso é uma boa ideia. O estado é o administrador do dinheiro do contribuinte, e ,como tal, precisa fazer uma avaliação rigorosa de qualquer compra para garantir que os recursos estejam sendo usados de forma justa e eficaz. À medida que voltamos ao "velho normal" em termos de contratações, há alguns atalhos seguros que os estados podem usar para acelerar seus processos de compra. Isso inclui o uso de veículos contratuais da General Services Administration (GSA) e o recém-lançado programa StateRAMP (para as tecnologias de nuvem). 

Foi ótimo voltar pessoalmente à sala de reuniões com tantos CIOs de estatais inovadores e engajados, agora que eles começam a planejar seu futuro no mundo pós-pandemia. Aqui na Zscaler, estamos prontos para ajudar a tornar esse caminho mais seguro e mais simples, tanto para os usuários finais quanto para os administradores.